sexta-feira, 4 de março de 2011

Olhar para o futuro

Izabel Peteffi Basso, como a maioria dos estilistas, já nasceu gostando de moda e, principalmente, com o dom da elegância. Quando criança fazia roupinhas para bonecas e já exercitava o bom gosto escolhendo e combinando suas próprias peças – nem mãe nem avó vestiam a menina.
A ideia e o interesse de tornar a paixão um negócio vieram por volta dos 18 anos. Assim, Izabel ingressou na faculdade de Economia, e até tentou montar uma loja com algumas amigas, que acabou não vingando.
Resolveu, então, fazer um curso de modelagem, porque não gostava de comprar – função que teria de fazer para manter uma loja. Queria mesmo entender como fazer as roupas. Com o curso básico completo, já começou a fazer peças para as amigas – algumas são clientes até hoje, diga-se de passagem –, e o passatempo logo virou profissão, no pequeno ateliê Sinhá Costureira.
Com o crescimento do negócio, ela percebeu também a importância da pesquisa e viajou, pela primeira vez, para Nova Iorque, em 1988. Lá, viu coisas diferentes e interessantes, trouxe peças para usar como referência, e foi a partir daí que o ateliê começou a ser o negócio que é hoje: um prêt-a-porter personalizado.
Izabel não é nem uma costureira, nem uma confecção: tem peças prontas, mas personaliza conforme a vontade do cliente quer. E acha que isso é uma tendência mundial. “Luxo é satisfazer o teu desejo, ter as coisas com a tua cara”, afirma.
Aos poucos, criou duas marcas: a Escultura, que abrange os uniformes e a alfaiataria, sua maior demanda. A mais jovem etiqueta é a Ciela (o nome é uma junção de Letícia com Gabriela, suas filhas), voltada para levar às clientes as últimas tendências da moda. Ela emprega, diretamente, oito funcionárias e utiliza, ainda, o serviço de 15 costureiras terceirizadas. Tudo para atender suas clientes, que são de todos os tipos: desde as que procuram um vestido de festa até aquelas que entregam a ela a responsabilidade de cuidar de absolutamente todo o guardaroupas, como a ex-primeira dama Cláudia Rigotto.
Izabel acredita na importância fundamental da pesquisa de ponta. Com muito sacrifício, sempre comprou muitas revistas nacionais, internacionais, bureaus, tanto que, atualmente, tem uma biblioteca invejável, com verdadeiras raridades. A filha mais nova, Gabriela, formada em Administração e acadêmica de Tecnologia em Design de Moda, é sua maior parceira no negócio, a grande responsável por implantar diversas inovações que facilitam a rotina de trabalho da mãe e, no que depender de Izabel, sua herdeira no mundo da moda.




Fotos: Alex Zucolotto

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